Ela obscureceu sob águas-olhares
As cores calmas de sua procelosa inquietude
Um aviso iminente e uma precipitação
Impossível de luzes quentes
De correntes marinhas, molduras
Oceânicas, um quadro, o quadril
Finas pinceladas, poesia
Musa desenhada
Uma ilha que não acredita em adeus...
Ronan Cardoso
poesias | contos | reflexões
A razão
terça-feira, 2 de agosto de 2016
Morangos e doce de leite.
Estou de rei...
E o mundo virando de cabeça para baixo.
Gente passando fome e eu grato...
Cidades submergindo, casas pegando fogo,
Escolas vítimas de ataques bélicos...
E eu mordendo a rubra polpa suculenta da fruta.
E eu sentindo prazer com a delícia do açúcar...
Uma tristeza abençoada sangrou na minha boca.
Fui mordido por um delírio irônico de culpa!
Caduquei meus sentidos.
Eu comi a razão.
Estou de rei...
E o mundo virando de cabeça para baixo.
Gente passando fome e eu grato...
Cidades submergindo, casas pegando fogo,
Escolas vítimas de ataques bélicos...
E eu mordendo a rubra polpa suculenta da fruta.
E eu sentindo prazer com a delícia do açúcar...
Uma tristeza abençoada sangrou na minha boca.
Fui mordido por um delírio irônico de culpa!
Caduquei meus sentidos.
Eu comi a razão.
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Signo Mundi
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
A natureza quer, criativamente, através de seu corpo, a experiência da vida. Isso acontece, ao longo tempo, por meio da diversidade, das relações entre as informações que compõe nossa realidade compartilhada - percebidas e organizadas pela consciência que habita cada ser.
Tudo é manifestação de existência. Energia navegando num mar cujo comportamento, ainda que permita um infinito de possibilidades de vir-a-ser, possui características fundamentais, padrões que atuam como letras e regras de linguagem que dão corpo aos textos do mundo.
As informações, na forma da energia, representando a manifestação do fenômeno da existência, organizam-se para, orbitando campos de ideias essenciais, compor sistemas autopoiéticos cujas identidades próprias são reveladas pelo comportamento sincrônico dos fragmentos que os caracterizem...
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Acordar para dentro
domingo, 31 de julho de 2016
Eles dizem que eu existo
mas não sabem quem eu sou
só podem ver o que está pronto
e eu: nem tanto, quem sou eu?
falam que sou meu próprio sonho
mas quem sonha? não sei ser
não sei fingir
acordar para dentro
só sei que olhar é um sonho perdido
sou como o sono...
o abismo certo
entre sonhar e fazer sentido.
mas não sabem quem eu sou
só podem ver o que está pronto
e eu: nem tanto, quem sou eu?
falam que sou meu próprio sonho
mas quem sonha? não sei ser
não sei fingir
acordar para dentro
só sei que olhar é um sonho perdido
sou como o sono...
o abismo certo
entre sonhar e fazer sentido.
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Mentira
sexta-feira, 29 de julho de 2016
Dizem que a palavra vale prata e, o silêncio, ouro
É mentira. Há palavras e silêncios mais valiosos que o ouro
Assim como há palavras e silêncios que nos desgraçam
O importante é: não deixe que comprem sua palavra com prata
Nem seu silêncio com ouro.
É mentira. Há palavras e silêncios mais valiosos que o ouro
Assim como há palavras e silêncios que nos desgraçam
O importante é: não deixe que comprem sua palavra com prata
Nem seu silêncio com ouro.
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