Olhos-estrelas derramados por sobre a escuridão

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Noite, noite, vasta noite!
Olhos-estrelas derramados por sobre a escuridão
Estarão os seus rejeitados filhos com frio?
perdidos, sozinhos contra o céu e o chão?
Noite! Lâmina insensível à compaixão!
Atiro minha roupa
E a gélida mandíbula de uma madrugada
longa rói-me,
imagino aos meus irmãos...
abandonados
à grave escuridão esplendorosa
de sua obscuridade entristecida pela chuva
Densa noite! Crassa de perigos!
Não assuste as crianças...
some depressa! Dissipa!
Deixa em paz os corações enfraquecidos
o horror privado de sentido
já não basta?
Alta noite... o acordo humano fracassou
não sabe discernir o bem do mal
Sofrimentos são banalidades...
E é por tal indiferente frialdade
que hoje a culpa é uma erronia toda sua...

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